sexta-feira, 8 de março de 2013

Sorrindo. Correndo.

Éramos jovens. Estávamos apaixonados. Óbvio. Um pouco evidente ao ver de todos. Todos. É, todos. Todos ao nosso redor conseguiam ver isso, menos nós dois. Menos ele. Menos eu. Talvez eu só disfarçasse. Talvez a gente só fingia que não via.
E estávamos juntos mais uma vez, sentados nos bancos daquela orla que já havia se tornado tão conhecida por nós dois. Entre um sorriso e outro, nos declarávamos. Insanamente... implicitamente... nos apaixonávamos. Era tão lindo ver como tudo aquilo acontecia. Era "um misto de prazer e agonia". Sim, citei Sandy e Júnior diversas vezes em minha mente enquanto estávamos juntos. Isso era um bom sinal? Era um bom ou um mal sinal? Será que iria passar logo? Eu estava mesmo apaixonada? "Não, definitivamente não!", repetia para mim mesma na esperança de apagar aqueles trechos tão apaixonantes que de tão teimosos, voltavam ao final de cada repetição. O que era aquilo? Eu olhava para ele, e ele olhava para mim. O que aquilo significava? Eu estava louca ou simplesmente apaixonada? Não, eu não podia estar apaixonada. Não daquela vez. "Não estou", repeti tentando ser resistente. Mas apenas tentando. E então ele sorri pra mim. E eu sorrio. E irresisto. Ah, os sorrisos! Como falavam... e como falam os nossos sorrisos! Desviei o olhar para um casal de crianças que se aproximava. Os dois sorriam muito e corriam pela areia. Involuntariamente sorri junto. Talvez seja isso. A corrida. O sorriso. Talvez ambos se entrelacem. Sorrir e correr junto. Como duas crianças. Gosto de pensar que éramos assim. Sorrindo juntos. Correndo juntos. Se seremos? Bem, eu não sei... somos jovens. Apenas crianças.

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